ANSIEDADE, DEPRESSÃO, BIPOLARIDADE, AUTISMO e outros transtornos psiquiátricos e emocionais, se relacionam diretamente ao tipo de microbiota intestinal que você tem!
A maioria de nós já ouviu dizer que temos mais bactérias no corpo do que células, partindo dessa ideia, não é difícil compreender que a “qualidade” desses bichinhos que carregamos, vai ditar em boa parte como somos e nos comportamos!
“Já foram realizados estudos nos quais se compara a microbiota de pessoas sãs com a de outras que têm determinada doença e foi visto que modificando o ecossistema intestinal é possível reduzir os estados de ansiedade”, explica Yolanda Sanz, pesquisadora do CSIC e coordenadora do projeto europeu MyNewGut, iniciativa financiada com 9 milhões de euros (35,6 milhões de reais) pela União Europeia para o estudo da flora intestinal. “Em pessoas com alterações gastrointestinais, como síndrome de intestino irritável, foram observados problemas como a ansiedade e até mesmo depressão”, diz Sanz.
Pesquisadores de todo o mundo começam a identificar os mecanismos através dos quais as bactérias do intestino, mediante a produção de hormônios e moléculas que geram ao se alimentarem, modificam a química de nosso cérebro. Pense comigo: milhões de microrganismos se alimentando, se reproduzindo, formando dejetos, toxinas e interações dentro de você! É claro que isso tudo vai estar extremamente relacionado à sua saúde física e mental.
Dr Goiz, criador do Biomagnetismo, há décadas vem afirmando inclusive, que as associações não só entre as bactérias, mas destas e também de vírus, fungos e parasitas, são a base de muitos quadros psicoemocionais.
Uma série de estudos publicada na revista Science mostrou que uma maior diversidade bacteriana no intestino está relacionada com uma saúde melhor. Além disso, vinculou essa diversidade ao consumo de probióticos (como kefir, kombucha…) e indicou alguns medicamentos como ansiolíticos e antibióticos, além do fato de comer demais e errado, como culpados na queda na variedade microbiana.
O que acontece é que o alto consumo de industrializados sobrecarrega o metabolismo e inflama o trato intestinal, assim bactérias benéficas, que são mais sensíveis, não conseguem sobreviver, restando em maioria as maléficas, que aumentam a incidência de transtornos psicoemocionais. A inflamação é também, um nexo comum entre diabetes, doenças autoimunes e câncer, e ajuda a explicar o fato de aparecerem com frequência em quadros de doenças mentais.
A alimentação também se destaca na reparação da microbiota danificada associada à doença mental. Dados científicos mostram que uma boa dieta aumenta a diversidade da biota intestinal e tem efeitos anti-inflamatórios. A dieta base seria consumir alimentos frescos e naturais como azeite, frutas, legumes, cereais e queijo, evitando produtos industrializados como açúcar, fast food, congelados… Simples, não? O glúten também mostra relação. Na França, estudos do psiquiatra Guillaume Fond, da Fundação FondaMental, tiveram pacientes que têm sintomas desses distúrbios aliviados ao realizar uma dieta sem glúten. “Nas pessoas que sofrem de esquizofrenia, autismo e bipolaridade, encontramos uma permeabilidade maior do intestino, que deixa passar antígenos que vão incitar respostas do sistema imunitário da pessoa. Isso vai perturbar, em particular, o cérebro”.
O estudo do microbioma pode ser um caminho para compreender as conexões entre o estado de ânimo e a saúde física. Entender o papel dos micróbios que vivem em nosso intestino na inflamação, ajudaria a fornecer uma visão mais ampla sobre um conjunto de doenças que, mesmo parecendo isoladas, poderiam ser tratadas com maior possibilidade de sucesso de modo holístico. Assim, podem ser feitas intervenções em psiquiatria com tratamentos que habitualmente são vistos como medicina alternativa, sabendo porque afetam a saúde.
Repost de Regiane Oliveira